Dia 19 de fevereiro de 2020 acontecia um, de vários, atentados na Alemanha. Mais especificamente (como consta no título dessa postagem) na cidade de Hanau. Nove pessoas, sendo oito homens e uma mulher, foram assassinados. Quais podem ter sido os motivos para Tobias Rathjen, identificado posteriormente, como o atirador? Em duas palavras: racismo e xenofobia.
O assassino Tobias tinha 43 anos na época. Tinha, no passado mesmo, porque logo depois do atentado ele foi encontrado morto junto ao corpo da sua mãe, também sem vida. Tudo começou em dois bares shisha no bairro de Kesselstadt, no centro de Hanau. Ao que tudo indica – porque, infelizmente, o caso ainda não teve resolução por parte da polícia alemã – o atirador seria um terrorista de extrema direita.
Daqueles nove ou talvez dez que perderam a vida, cinco eram curdos, um era bósnio, outro búlgaro e mais outro polonês. Tobias, do alto da sua intolerância, cometeu suicídio após ter assassinado a mãe antes de se matar. Nas redes sociais ele postava vídeos defendendo o extermínio de pessoas não-alemãs. Em pleno 2020, em um país conhecido pela sua história com o nazismo. Na Wikipédia, consta que ele não achava o partido AfD (Alternative für Deutschland) radical o suficiente.
O dia de hoje, 19 de fevereiro, ganhou daí um novo significado. O significado de um país que mesmo avançado em várias pautas sociais, ainda abriga pessoas de mentalidade medonha como esse tal Tobias. Foi criado um site com reportagens, depoimentos, vídeos e registros dos mais diversos sobre o atentado com um único intuito: que essa data não caia em esquecimento tão cedo. Esse post é mais um dos registros para que esse dia seja lembrando e para que nós reflitamos a sociedade que queremos para nós! Porque não adianta reclamar e lamentar mortes na Europa, quando algo bem parecido acontece em várias cidades do Brasil em maior ou menor proporção.
