O parlamento alemão (der Bundestag) é eleito a cada quatro anos, assim como no Brasil. No entanto, há várias diferenças na organização eleitoral de lá. Uma das diferenças é, por exemplo, a idade mínima de 18 anos para votar, enquanto por aqui existe a possibilidade de tirar título de eleitor já a partir dos 16.
Em 2017 havia na Alemanha 42 partidos, dentre os quais 16 foram fundados naquele ano. Os maiores e com mais coalisões no cenário político atual são o CDU (Christlich Demokratische Union Deutschlands) e o SPD (Sozialdemokratische Partei Deutschlands). O chanceler, no entanto, não é escolhido diretamente pelo povo. Sua candidatura é sugerida pelo presidente da república e o partido ao qual está afiliado precisa ter maioria no Bundestag. A atual chanceler alemã, Angela Merkel, é líder do CDU em coalisão com o SPD. Em 2016, o CDU contava com 200 cadeiras no parlamento, enquanto o SPD tinha 152.
Partidos como AfD (Alternative für Deutschland), FDP (Freie Demokratische Partei) e Die Grünen são os maiores opositores em números, embora sigam linhas ideológicas divergentes entre si. O famigerado AfD costuma ser associado aos movimentos neonazistas, enquanto o Die Grünen defende causas ambientais e afins. É possível ler sobre cada um deles neste link (auf Deutsch).
Fato é que há hoje em território alemão certa antipatia com a dona Merkel. Parte da insatisfação da população advém do fato de ela estar a frente do parlamento desde 2005. Mas talvez o maior motivo para a insatisfação começou lá em 2015 com a crise migratória. Percebo a Alemanha bem polarizada com relação à sua atuação no controle da pandemia. Só nos resta esperar para ver quem irá substituí-la em um futuro próximo… Aliás, caso você tenha a oportunidade, não deixa de visitar o Bundestag quando estiver em Berlim! Sempre há fila e o ingresso é relativamente caro, mas vale a pena.
